12 de agosto de 2009

Presente de Dia dos Pais

Domingo passado foi Dia dos Pais. Mesmo não dando muita importância para datas comerciais, perguntei ao RoRo o que ele queria dar de presente para o pai. Ele foi assertivo: "um avião". Achei que era mais uma de suas viagens e não dei muita bola. No dia seguinte perguntei novamente - porque o pai é dele e acho que a criança precisa aprender a presentear, escolher, participar - e a resposta foi a mesma. Perguntei se o avião era de verdade ou de brinquedo. Para meu alívio ele queria um avião de brinquedo. Não achei má ideia, estávamos em contenção de despesas.

A semana acabava e o meu prazo para a compra do presente também. Perguntei-lhe mais uma vez o que queria dar para o pai de Dia dos Pais e a resposta foi ainda mais pontual: "um avião vermelho". Mas por quê um avião vermelho se a única relação do pai com aviões é que ele viaja a cada dois ou três meses neste meio de transporte? O RoRo não hesitou: "para o papai brincar comigo". Fiquei tão surpresa com a resposta que não tive dúvida, fomos numa loja de brinquedos.

O RoRo não gostou dos aviões; preferiu um helicóptero vermelho. O pai, ao abrir o presente, ficou meio sem jeito, sem entender muito bem porque eu tinha comprado aquele presente (sim, porque quem comprou, de fato, fui eu). Não comprei pelo preço (podia ter dado um CD, se quisesse apenas gastar pouco - e gastaria menos!). Comprei porque eu não tinha entendido porque o RoRo escolhera aquele presente (desconfio que pela imaturidade de entender que um presente deve agradar o presenteado, não o presenteador). Comprei, principalmente, porque achei bonito o filho querer algo para o pai brincar com ele (felizmente o pai brinca bastante com os filhos). O brinquedo sagrou uma relação ímpar. Ninguém podia, pelo menos nos primeiros dias, brincar com o helicóptero porque ele era do pai; ou melhor, ele era o pai: grande, imponente, e só o RoRo podia brincar com ele (pelo menos um pouco mais do que só os fins de semana...).

Não me arrependi da compra do presente, afinal, só se é pai porque se tem filho e, se tem filho, tem que brincar com ele!

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